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Capítulo 9 [Parte 2] - Estudo sobre Amor e outros venenos letais

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Capítulo 9 [Parte 2] - Estudo sobre Amor e outros venenos letais

Mar 2
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Capítulo 9 [Parte 2] - Estudo sobre Amor e outros venenos letais

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Olá para você que nos acompanha!

Eu… Eu não… O que eu quero dizer é que… O Ivan, ele… E o Aleksey também… Mas aí a Morena… Jesus do céu, meus pensamentos estão em frangalhos e indo apenas em uma direção. Sinceramente perdi todas as palavras depois de tudo o que aconteceu na parte um do capítulo nove e do Agora vamos para a cama da Morena.

Se Isabelle Morais OUSAR interromper aqueles três, esta que vos fala não estará mais entre nós, pois estarei na cadeia sendo investigada por um crime maior do que o cometido pela nossa autora.

Para descobrir se semana que vem estarei sendo investigada pela polícia do seu ladinho (a gente sabe você cúmplice, nem tente se enganar!), leia a segunda parte do capítulo nove de…


Estudo sobre Amor e outros venenos letais!

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Perdeu algum capítulo? Não se preocupe, você pode ler as noveletters anteriores aqui ou acompanhar as publicações no Tapas ou no Wattpad.


Banner com fundo vermelho queimado com bordas trabalhada em linhas retas e douradas. No centro, um hexágono vermelho vivo, no qual saem linhas vermelhas e pretas para criar os bordados floridos que estão ao redor dele. No meio do hexágono, estão escritos o nome da autora e o título da obra: "Isabelle Morais" e "Estudo sobre Amor e outros Venenos Letais" (numa letra trabalhada em cursivo). À esquerda a logo da Noveletter.

Aviso: Esta obra contém/menciona comportamentos tóxicos, quadro depressivo, familiares abusivos e tentativa de homicídio. Este capítulo contém cenas de sexo explícito.


Você pode saber mais detalhes sobre termos, apelidos e nacionalidades ficcionais, e outros personagens através do Guia de Leitura.


Tudo naquele cenário era novo. Ivan, igualmente excitado e frustrado, estava sentado no tapete ao lado da cama, com as mãos amarradas às costas, os bíceps marcados flexionados, a cabeça ligeiramente inclinada com o cabelo inteiramente desgrenhado, uma expressão intensa, lembrando tanto as estátuas dos santos antecipando o êxtase divino que adornavam as igrejas. Morena se conteve para não se aproximar para afastar o cabelo do rosto dele, mordendo os lábios, observando que o marido não parecia saber se pousava os olhos em Aleksey ou nela. Aleksey se acomodara com as pernas abertas, sentado na beirada da cama com Ivan aos seus pés, e desabotoava a camisa vagarosamente, os olhos não se desviando para baixo nem um instante sequer, como se Ivan não estivesse presente, como se não tivesse nada no mundo que o fizesse desviar o olhar de Morena. Parada de pé à frente deles, Morena apoiava uma mão na soleira da porta do quarto de vestir, o cabelo solto emoldurando o corpo, ciente de que a luz das velas deixava o tecido fino de algodão da camisola quase transparente, os seios pesados com o desejo que o olhar intenso de Aleksey provocava, implorando pelo toque.

Não havia pensado nada além daquele momento — nunca se permitira imaginar como seria ter Aleksey daquela forma, nunca sequer sonhara que aquilo poderia acontecer, e agora que estavam ali, ficou incerta por um instante. Normalmente era Ivan que sussurrava as obscenidades e entretinha as fantasias que, até algumas horas antes, Morena achara que nunca se tornariam realidade. Nunca quisera criar expectativas, com medo de que aquelas ideias pudessem estragar sua amizade com Aleksey, afogando seu desejo por ele para conseguir continuar normalmente quando estavam juntos quase o tempo todo.

Tampouco havia experimentado muito com Ivan naquela posição — ligeiramente humilhado, vulnerável, completamente sob o seu poder — e talvez ela gostasse daquela sensação um pouquinho mais do que imaginara. Talvez Ivan gostasse mais daquilo do que imaginara antes. Nenhum dos dois tinha muita experiência além do que testavam um com o outro e, na maioria das vezes, Morena precisava ceder o controle para variar um pouco, para descansar, e preferia se entregar completamente para Ivan e sua criatividade ilimitada do que tomar o controle da situação para si. Ela gostava de sentir a textura áspera das cordas de Ivan contra a sua pele, da tortura lenta e deliciosa que ele fazia, levando-a até o limite e impedindo-a de gozar, amava sentir o líquido viscoso e salgado de Ivan em sua língua e em sua pele. As poucas vezes que experimentaram trocar quem ficaria no comando foram interessantes, mas nenhuma parecia ter deixado os dois tão excitados quanto a expectativa do que estava por vir naquela noite.

Havia tantas ideias do que fazer em sua mente que Morena não sabia por onde começar. O silêncio do cômodo pesava, dando uma solenidade quase religiosa àquele instante, como se aquilo fosse o prelúdio a um ritual de adoração. Talvez fosse. Talvez a junção dos três fosse algo mais importante do que qualquer outra coisa que já acontecera, talvez o sentimento que compartilhavam fosse um pedacinho do divino na terra. Se fosse esse o caso, era melhor só deixar a situação se guiar sem auxílio. Eles saberiam exatamente o que fazer, na hora certa.

Quando Morena deu um passo à frente, sentiu o olhar de Ivan se unir ao de Aleksey para observá-la, a atenção dos dois inteiramente voltada para ela, como um imã que atraía toda a devoção dos dois. Sem se aproximar mais, Morena levou uma mão aos cordões da sua camisola e podia jurar que Aleksey prendeu a respiração enquanto ela brincava com os fios, levando a outra mão a um seio, esfregando um mamilo para tentar aliviar um pouco o tesão que sentia.

— Ela não é linda? — perguntou Ivan para Aleksey, a voz rouca, carregada pelo desejo. — Tão bonita e deliciosa. Eu mal posso esperar para você prová-la.

Aleksey umedeceu os lábios, talvez procurando o que dizer, mas perdeu a capacidade de expressar qualquer coisa quando Morena terminou de desamarrar a camisola, deixando o tecido escorregar lentamente pelo corpo, desnudando os ombros, o colo, os seios, a barriga arredondada, os quadris fartos, as coxas grossas, até ficar completamente nua. O olhar dos dois parecia devorar cada centímetro que revelava, a respiração de Ivan audível no calor do cômodo. Aleksey errou um dos seus botões, tentando soltá-lo umas três vezes antes de conseguir, mordiscando os lábios. Morena desceu uma mão pela própria barriga até os pelos entre suas pernas, direcionando o olhar dos dois, sentindo-se embriagada com o desejo que era capaz de provocar.

— Vem cá — chamou Aleksey com a voz inesperadamente firme, desistindo de se conter, e dando dois tapinhas na própria coxa. Se ele a tivesse lambido centímetro por centímetro não seria capaz de produzir o mesmo impacto da voz, e Morena sentiu seu ventre pulsar.

Morena se aproximou vagarosamente, e Aleksey pareceu prender a respiração, a tensão visível no pescoço e nas coxas, o olhar de Ivan em cada movimento. Ela parou entre as pernas de Aleksey, lançando um olhar rápido para Ivan, que a encorajou com um gesto de cabeça. A presença de Ivan ali, devorando-os com os olhos, a deixava um pouco mais segura de si, um pouco mais ousada, um pouco mais exibida. Entre ela e Aleksey, talvez nada daquilo fosse tão teatral. Seu coração parecia um tambor quando ela apoiou o joelho direito ao lado de uma das coxas de Aleksey e montou sobre ele, e se arrepiou todinha quando ele a puxou pela cintura, o dedão deslizando pelo desenho da tatuagem que se espalhava pela lateral do corpo de Morena, olhando-a da mesma forma que fizera mais cedo, como se ela fosse o centro de todas as respostas que ele buscava. Morena envolveu o rosto dele em uma das mãos, abaixando os lábios até encontrar os dele, e ele soltou um gemido baixo, suave, que a fez querer devorá-lo de uma vez, a vontade de jogá-lo na cama e arrancar dele gemidos cada vez mais altos quase a consumindo.

Morena puxou a camisa aberta de Aleksey pelo ombro, sugando os lábios dele, e ele a segurou pelos quadris, afundando os dedos contra as nádegas dela, puxando-a para se sentar contra sua ereção, roçando os quadris dela contra si, soltando outro gemido que Morena devorou como se precisasse daquilo para viver. Morena deslizou os dedos para traçar o arco que unia o pescoço e o ombro de Aleksey, descendo para a clavícula, tocando cada milímetro de pele até encontrar um dos seus mamilos pequenos e rosados, circulando-o com o dedo, tocando-o e provocando-o. Aleksey moveu as mãos para apoiar as costas dela e a inclinou um pouco para trás, a garganta emitindo um ruído quase como um ronronado, chupando o pescoço dela, experimentando o sabor da pele do colo de Morena, roçando os dentes em um dos mamilos, chupando-o lentamente, fazendo-a jogar a cabeça para trás com os olhos fechados, um gemido escapando de seus lábios.

Morena desceu a mão até o lugar onde sua pele nua encontrava o tecido da calça de Aleksey, desfazendo os botões com uma destreza que ela não imaginava possuir, envolvendo a pele quente e rija com a mão. A vibração do gemido de Aleksey contra seu mamilo a fez se arrepiar por inteiro, e se sentiu zonza por um instante quando sentiu o calor da bochecha de Ivan contra a sua coxa, seu cérebro parecendo incapaz de processar os dois estímulos ao mesmo tempo.

Ela abriu os olhos e viu o marido à sua esquerda, encostado contra a coxa dela e a de Aleksey, os lábios entreabertos, claramente descontente de ser um mero espectador de uma de suas fantasias. Com os movimentos dos braços ainda limitados, Ivan se aproximara de onde Morena e Aleksey estavam sentados na beirada da cama, sentando sobre os calcanhares aos seus pés, como se não aceitasse perder um toque sequer trocado pelos outros dois.

Morena levou a mão que não estava ocupada com Aleksey até os cabelos do marido, deliciando-se com a sensação dos fios grossos entre os dedos, e o puxou para que ele virasse a cabeça, encostando os lábios dele contra a coxa dela. Ivan suspirou ao chupar a pele de Morena lentamente, acariciando-a com a língua. Ao mesmo tempo, Aleksey lambeu o espaço entre os seios dela antes de capturar o outro mamilo, e então colocou uma mão por entre as coxas dela e a puxou mais para perto, obrigando-a a parar de tocá-lo para se apoiar no ombro dele para não se desequilibrar.

— Aleksey — murmurou ela, o nome saindo entre suspiros, e Aleksey cruzou o olhar com o dela, entendendo o pequeno gesto que ela fez na direção de Ivan.

Aleksey levantou a perna esquerda, colocando o pé no colo de Ivan, ao mesmo tempo em que Morena se encaixava melhor em Aleksey, sentindo a ereção dele roçando diretamente contra a sua pelvis.

Ivan gemeu contra a pele de Morena quando Aleksey subiu o pé pela coxa dele até acariciar seu comprimento por cima da calça.

— Caralho — murmurou Ivan, fechando os olhos e encostando a testa na coxa de Morena, e ela quase riu, mas Aleksey a segurou pelo queixo, devorando seus lábios, fazendo-a derreter contra seu toque.

Morena se entregou, perdendo-se no beijo de Aleksey, ciente de que poderia ficar ali se deliciando com a fome e o desejo dele, explorando cada centímetro da boca de Aleksey sentindo a pele dele sobre a sua, movendo os quadris contra os dele, acariciando seu cabelo e suas costas, explorando cada centímetro daquele corpo que ela sonhara tanto em tocar. Só que apesar de estar desabotoada, aquela calça ainda estava no corpo dele, e Aleksey ficou impaciente. Com um movimento rápido, inverteram as posições; Morena deitada com seus quadris apoiados na beirada da cama e Aleksey em pé diante dela. Morena desceu a mão pelo tórax dele para ajudá-lo a se livrar daquele tecido inconveniente, que foi jogado descuidadamente para longe. Aleksey então se ajoelhou na cama, entre as pernas abertas de Morena, deitando-se sobre ela e apoiando-se com um cotovelo para poder olhá-la. Morena fechou os olhos por um instante ao sentir o peso dele sobre si, tão diferente do de Ivan, mas igualmente bem-vindo. Aleksey passou uma mão para tirar o cabelo que grudava no suor da testa de Morena com carinho, e ela abriu os olhos para encará-lo, deparando-se com uma suavidade que fez o peito dela se apertar. Ela levou uma mão ao rosto dele, sem conseguir conter um sorriso, acariciando-o na bochecha, e ele fechou os olhos por um instante, inclinado na direção do toque dela. Morena não conseguia se lembrar de vê-lo tão feliz, tão tranquilo quanto naquele instante, todas as linhas de preocupação desaparecendo do rosto. Ela sentiu um nó na garganta se formando, o desejo de protegê-lo de todo sofrimento se misturando com a lembrança de tudo pelo que ele passara deixando-a ligeiramente sem fôlego. Ela se impeliu para frente para beijá-lo no queixo, segurando tudo que queria dizer dentro de si, levando a outra mão ao peito dele, bem em cima de onde o coração dele batia acelerado.

— Morena — murmurou ele com uma ternura na voz, e ela roçou o nariz no dele, beijando seus lábios com suavidade.

Aleksey retribuiu devagar, descendo os quadris até encontrar com os dela, encaixando-se entre as coxas de Morena. Ele a invadiu com a língua, roçando a ereção entre as pernas dela, estimulando o clitóris no processo, grudando cada centímetro de pele contra a dela, e ela o abraçou com força, descendo uma mão para envolver a bunda dele, deliciando-se com a forma como preenchia sua mão, firme e redonda, como se tivesse sido feita para o seu toque. Morena se sentia prestes a entrar em combustão, e Aleksey gemeu enquanto subia uma mão por dentro da coxa dela para encontrar o lugar onde ela estava pronta para recebê-lo, encharcada. Enfiou dois dedos de uma só vez, sendo recebido com facilidade, fazendo-a arquear as costas quando ele dobrou os dedos, acariciando-a por fora com um dedão, beijando seu pescoço, o movimento conjunto de sua língua na pele e os dedos dentro dela o suficiente para fazer a vista de Morena escurecer e fazê-la pulsar ao redor de Aleksey. Ele aumentou a velocidade do movimento, adicionando mais um dedo e abrindo mais as pernas dela com as próprias coxas para ter um acesso mais fácil, para que Ivan tivesse uma visão melhor de como ele a tocava, e então se inclinou sobre ela novamente e mordeu seu ombro. Morena sentiu como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo e ela se moveu contra os dedos de Aleksey buscando seu prazer, querendo prolongar aquela sensação até o orgasmo a atingir em cheio, fazendo as coxas estremecerem, fazendo-a transbordar e molhar os dedos de Aleksey e a cama com um gemido alto.

Quando ela relaxou, a respiração ainda ofegante, Ivan comentou algo inteligível em um gemido ao pé da cama, fazendo-a lembrar que o marido estava ali, amarrado, presenciando nos mínimos detalhes cada segundo de um dos orgasmos mais intensos que ela já tivera na vida. Observou meio grogue enquanto Aleksey dava um sorriso torto e ficava de pé para levar os três dedos que estavam dentro de Morena instantes antes até a boca de Ivan, que os abocanhou até a base, chupando-os e lambendo-os, fazendo a ereção de Aleksey pulsar intensamente contra a coxa de Morena. Ela precisava retribuir de alguma forma o prazer que Aleksey acabara de lhe dar, e ele tinha fornecido a ideia perfeita.

Envolvendo a ereção de Aleksey com uma mão, Morena voltou a se sentar mais na beirada da cama, acariciando-o languidamente, observando com deleite enquanto Aleksey fechava os olhos e afundava os dedos mais profundamente na boca de Ivan, o peito subindo e descendo. Morena o beijou no peito, acompanhando com os lábios o caminho de pelos que salpicavam o tórax de Aleksey até a virilha, beijando a barriguinha arredondada, descendo com a mão livre até suas coxas. Então ela saiu da cama e ajoelhou-se no chão ao lado de Ivan, lambendo a extensão de pele entre o osso do quadril e a coxa grossa de Aleksey, movendo a mão um pouco mais rápido, e sentiu as duas mãos de Aleksey se enterrando em seu cabelo, juntando-o e enrolando-o em sua mão em um rabo de cavalo improvisado para não atrapalhá-la. Ela sentiu Ivan se aproximar ainda mais, olhando-a com tanta intensidade que ela sentiu um arrepio descer as costas, quase como se ele a tivesse tocado.

— Se você me soltar… — começou Ivan, a voz falhando, e ele limpou a garganta. A respiração estava descompassada e os olhos mais escuros do que nunca. — Eu posso ajudar.

Ela parou o beijo a centímetros da cabeça do membro de Aleksey, que gemeu um palavrão, e encarou Ivan, desafiando-o apenas com o olhar. Ivan umedeceu os lábios, forçando as amarrações o suficiente para flexionar seus músculos, fazendo com que ela desviasse a atenção para o corpo do marido. A tatuagem gêmea da sua, que ocupava a lateral do corpo de Ivan, mexeu-se com o movimento, desaparecendo no cós da calça que estava com a frente úmida e esticada, como se Ivan tivesse vazado diversas vezes nos últimos minutos. Seria bom ter os dedos de Ivan dentro dela enquanto os dois dividiam Aleksey, mas seria somente quando ela quisesse, não quando Ivan determinasse.

Ele ainda tinha uma lição a aprender, afinal.

— Eu tenho um uso muito melhor para sua boca do que falar, meu amor — disse ela, fazendo um gesto com o dedo para que ele se aproximasse, acariciando lentamente a cabeça do pau de Aleksey com a outra mão, deixando bem claro para Ivan o que estava fazendo.

Ivan se aconchegou — em silêncio, para variar — na posição determinada, as pálpebras pesadas, e ela o ajudou a se posicionar na frente dela, grudando os seios contra as costas dele, segurando-o pelo queixo com uma mão. Os dois ficaram entrelaçados, e ela sentiu a temperatura febril do marido, a pele suada causando fricção com a dela e esfregou-se contra ele só um pouquinho, só para provocá-lo, fazendo-o fechar os olhos e gemer baixinho.

— Se me obedecer direitinho, eu solto você — sussurrou no ouvido de Ivan, e ele grunhiu algo indecifrável, apoiando-se contra ela.

Morena beijou Ivan no pescoço e voltou a acariciar Aleksey, que estava com o rosto, o pescoço, as orelhas e até os ombros vermelhos. Em seguida, o posicionou melhor para que tanto ela quanto Ivan tivessem acesso a Aleksey. Ivan aproveitou o alcance repentino proporcionado pela nova posição para lamber Aleksey, que jogou a cabeça para trás de olhos fechados. Ivan o explorou devagar, com ajuda de Morena, descendo a língua pela base até voltar, abocanhando a cabeça, arrancando um gemido mais alto ainda de Aleksey, que se arqueava na direção dos dois, oscilando sob os pés, para frente e para trás. Morena desceu a mão até envolver os testículos de Aleksey, beijando-o no osso do quadril enquanto Ivan o chupava lentamente, e a respiração de Aleksey pareceu se descontrolar completamente, os gemidos escapando dos lábios dele.

— Abra os olhos — ordenou Morena com um tom mais firme do que esperava e, quando Aleksey obedeceu, sentiu uma pontada de prazer. — Que desperdício você não olhar, Lyosha.

— Se eu olhar, não sei se vou durar muito tempo — murmurou ele, completamente atordoado, e ela gargalhou.

— Então melhor não durar — Ivan praticamente implorou, a voz reverberando contra o membro de Aleksey. — Só não tire os olhos de nós.

Aleksey soltou um xingamento e, dessa vez, movidos pela ideia de enlouquecê-lo, Morena e Ivan se juntaram para tomá-lo em seus lábios, cada um de um lado, as línguas trabalhando em conjunto naquela exploração, a mão de Morena completando o trabalho adicional. Ivan abocanhou Aleksey, e Morena o lambeu mais embaixo, subindo a língua até encontrar os lábios de Ivan, enrolando-a com a dele, fazendo Ivan gemer com Aleksey ainda dentro da sua boca. Aleksey puxou o cabelo de Morena, a leve dor do gesto deixando-a mais excitada ainda, e ela desceu a mão que não estava ocupada com Aleksey pelo tórax de Ivan, até escorregar por dentro da calça dele, encontrando sua ereção.

Era como se estivesse possuída, o prazer que sentia em dar prazer para os dois a deixando descontrolada, sem saber ao certo o que estava fazendo, tocando, chupando, lambendo, dividindo com Ivan a tarefa de deixar Aleksey completamente fora de si. Aleksey aumentou a pressão no cabelo dela, e ela sabia que ele estava próximo do seu clímax, Ivan tomando-o quase completamente, sem deixar espaço para Morena, e ela beijou os ombros do marido, ajudando-o apenas com a mão enquanto ele levava Aleksey a se transbordar, parecendo completamente embriagado com aquele ato. Aleksey fechou os olhos, puxando o cabelo de Morena com mais força, e Ivan soltou um som de surpresa, mas não se afastou até Aleksey se derramar por inteiro em sua boca.

Morena segurou Ivan pelo queixo, virando o rosto dele o suficiente para beijá-lo, sentindo a viscosidade de Aleksey entrelaçada na língua de ambos, Ivan devorando-a, compartilhando cada gota do líquido que ainda estava em sua boca. Morena desabotoou a calça de Ivan o suficiente para finalmente libertá-lo, surpresa por um instante com o quão rígido e quente o membro de Ivan estava, e ponderou soltar as amarras dele, mas talvez ainda não fosse hora. Ivan gemeu contra os lábios dela, e ela terminou de tirar sua calça, deixando-o nu assim como ela e Aleksey.

Quando ela se levantou, sentiu o olhar de Ivan sobre si, mas seu alvo era Aleksey, que se sentara na beirada da cama e estava ofegante, suado, a ereção já a meio do caminho para atingir novamente a glória mesmo depois de ser exaurida pela boca de Ivan. Ele levou uma mão ao próprio membro, masturbando-se, e Morena não precisou falar nada para que Aleksey compreendesse sua intenção.

— Pega a caixinha da mesa de cabeceira para mim, por favor — Aleksey pediu com gentileza, e Morena se inclinou na direção dele para dar um selinho, ainda sem acreditar no que tinham acabado de fazer, sem acreditar que Aleksey estava ali de verdade e que nada daquilo era um sonho.

Ela o obedeceu, pegando a caixinha preta enfeitada com enfeites dourados, mais ou menos do tamanho da palma da mão, que Aleksey tirara do bolso assim que se sentara na beirada da cama e abrindo-a. Dentro da caixa havia um frasquinho com um óleo transparente, o cheiro gostoso de coco dominando o cômodo mesmo com o vidro fechado, e ao lado, uma pilha de algo branco parecido com um saquinho e, sem saber o que fazer com aquilo, ela entregou para Aleksey, observando com curiosidade enquanto ele se excitava com uma das mãos e escolhia um saquinho da caixa com a outra.

Morena tinha alguma ideia do que poderia ser aquilo — Aleksey era um homem de muitos parceiros, de todos os gêneros, e provavelmente o que estava na caixinha era um dos motivos pelos quais ele não tinha um filho bastardo por aí. Da mesma forma, ela não conseguia se lembrar de vê-lo com sintomas de alguma das doenças que sabiam que eram transmitidas pelo sexo, sem nem a mais vaga queixa a respeito daquilo, e Morena sentiu um orgulho meio esquisito de Aleksey se cuidar. Era o suficiente para não fazê-la querer discutir mais, para deixar o desejo que tinha de senti-lo escorrer pela coxa dela para outro dia.

— Você disse que ia me soltar. — Ivan aproveitou aquela pausa para se pronunciar, tirando-a do transe. O marido parecia contrariado e frustrado, mas estava ainda mais excitado do que ela o vira antes, agora que a falta de roupas permitia que ela o visse por inteiro. Ele estava sentado no chão no mesmo lugar onde haviam chupado Aleksey, como se não tivesse mais energia para se mexer. Ele a olhou de baixo para cima, a visão dele suplicante e excitado a atingindo como um raio, deixando-a ainda mais úmida do que antes. — Você prometeu, Morena.

— Quando acabasse. E só eu digo quando acaba. — Morena, inclinando-se, virou para olhar para ele e segurou seu queixo para beijá-lo mais uma vez. Sentiu Aleksey se aprumar atrás dela, levando uma mão à bunda dela. — Mas daqui a pouquinho.

— Eu não acredito mais em você — disse Ivan, contrariado, mas não conseguiu conter o sorriso, nem desviar o olhar quando Aleksey encaixou Morena contra si enquanto se ajeitava em uma nova posição.

Aleksey voltou a se sentar na cama, trazendo Morena para seu colo com ela ainda de costas para ele, ainda encarando Ivan. Como provocação, Aleksey desceu os dedos pelo torso dela até encontrar os lábios inferiores de Morena.

O tom de Ivan mudou rapidamente para uma súplica:

— Pelo menos deixa eu me tocar, Morena. Eu vou enlouquecer.

Aleksey usou a outra mão para segurar Morena pelo pescoço e virar o rosto dela para si, os dois ignorando completamente Ivan, e a beijou com intensidade, a língua invadindo-a e explorando-a como um espelho do que ele fazia com a mão, ao deslizar seus dedos na abertura de Morena e então voltando, espalhando a umidade e o óleo com que lambuzara os dedos até que o calor a tomasse mais uma vez por inteiro.

Morena abriu mais as pernas, sentada em cima de Aleksey, deixando a vista livre para Ivan, que soltou um gemido alto, misturado a outra súplica. Aleksey a acariciou com dois dedos, a sanidade de Morena indo embora com os estímulos gêmeos, e quando Aleksey tirou os dedos de dentro dela e a segurou pela coxa, levantando-a um pouco, ela não hesitou em colocar uma mão atrás de si e segurar a ereção dele, encaixando-a dentro dela, sentindo o corpo estremecer enquanto aquele comprimento deslizava dentro dela, esticando-se um pouquinho mais do que com Ivan para recebê-lo, uma dor deliciosa acompanhando o processo.

— Aleksey — gemeu ela, e ele roçou o nariz contra o dela, envolvendo um seio com a mão, brincando com os mamilos, os outros dedos brincando com o seu clitóris enquanto ela o acomodava.

Ela testou se encaixar ainda mais na posição, sentindo-se preenchida com cada centímetro de Aleksey dentro de si, o corpo inteiramente arrepiado, o prazer vindo como uma onda. Moveu os quadris para frente e para trás, primeiro devagar, até encontrar um ponto que não fosse intenso demais, apoiando a cabeça para trás, no ombro de Aleksey, e afundando o rosto no pescoço dele, cada toque parecendo se amplificar mil vezes. Sentiu os dedos de Aleksey se afundarem na coxa dela e suas pernas abrirem mais, fazendo Aleksey alcançar ainda mais fundo, e quando sentiu a respiração quente de Ivan contra a pele da sua virilha, teve certeza que enlouqueceria.

Aleksey a segurou e começou a fazer movimentos para cima e para baixo, impulsionando-se contra ela, fazendo-a gemer e se segurar no corpo dele, afundando os dedos em seu cabelo, e quando ele encontrou um bom ritmo, a língua de Ivan o acompanhou, lambendo-a, fechando os lábios no clitóris de Morena, a junção dos dois estímulos fazendo-a perder a posse de si, perdendo o controle dos sons que emitia, das palavras que falava, implorando, suplicando, desejando que aquilo não parasse. Aleksey colou seus lábios nos dela, mordiscando-os, devorando cada um dos seus suspiros e gemidos, enlouquecendo-a a cada movimento, e havia só a sensação arrebatadora do prazer correndo por ela, em ondas, controlado pelos movimentos de Aleksey, levando-a cada vez mais longe, até ela estremecer por inteiro, o orgasmo final a atingindo como uma tempestade, fazendo-a morder o pescoço de Aleksey com os olhos fechados, sentindo uma lágrima escorrer por entre as pálpebras cerradas.

Ela sentiu os braços de Aleksey a envolvendo e os lábios dele enchendo seu rosto de beijinhos, e ela se derreteu contra ele, retribuindo, querendo se virar para abraçá-lo, para afundar o rosto no seu peito e sussurrar o quanto o amava. Ela queria enrolar as pernas ao redor do quadril dele e implorar para ele nunca mais ir embora, queria dormir e acordar com o corpo dele suado e grudado contra o dela por todas as noites pelo resto da sua vida.

Ela protestou qualquer coisa quando ele gentilmente a tirou de cima dele e a acomodou na cama com um beijinho no ombro, mas ainda estava tão fora de si que só percebeu o que Aleksey fora fazer quando olhou para o lado e o viu de pé com Ivan, que finalmente estava solto, limpando-o com um pano úmido, beijando-o também, elogiando-o ao pé do ouvido. Ver os dois ali encheu Morena de uma felicidade pura e simples.

Os três estavam juntos, finalmente.

— A vista está muito boa, se quiserem continuar — ronronou ela, virando-se na direção deles, e os dois riram, parando por um instante como se ponderassem a ideia antes de finalmente trocarem um beijo.

Morena sentiu o lugar entre as pernas latejar novamente, ficando surpresa que ainda conseguisse ficar excitada depois da explosão do último orgasmo. Ela percorreu uma mão pelo corpo que ainda estava sensível até os cachos entre as pernas e ouviu Ivan fazer um som de desaprovação de onde estava do lado da cama.

— Nada disso, mocinha — disse ele, ajoelhando-se na cama e agarrando o pulso dela antes dela chegar aonde queria, o tom de reprovação fazendo coisas indescritíveis com as sensações, já tão intensas. — Você já teve a sua vez de mandar nas coisas, agora é a minha vez. E você não se toca até eu mandar.

Ela fez um biquinho, mas não conseguiu protestar quando Aleksey se acomodou de um lado dela na cama e Ivan se acomodou do outro, e seu marido levantou o rosto dela para beijá-la devagar, Aleksey abraçando-a pela cintura e afundando o rosto no pescoço dela, murmurando algo que Morena não compreendeu de primeira e que, quando ele repetiu, Ivan abafou o som com um beijo, inclinando-se por cima de Morena para alcançá-lo.

— Aleksey, agora que você está aqui, na nossa cama — disse Ivan, segurando o rosto de Aleksey com uma das mãos, o dedão acariciando os lábios dele —, se prepare porque você não vai dormir antes do sol raiar.

Nem sempre as ideias de Ivan vinham ao mundo bem formadas, e algumas precisavam de muito tempo para serem lapidadas até alcançarem seu potencial. Mas quando ele tinha uma boa ideia, ela sempre era maravilhosa e não havia nada naquele instante que a impediria de aproveitar cada segundo da respiração quente de Aleksey em seu pescoço, do toque possessivo de Ivan em sua barriga e no rosto de Aleksey, nada que a tirasse da tranquilidade que tê-los ao seu lado traria.

No dia seguinte poderia voltar a se preocupar, mas naquela noite, poderia fingir que o mundo inteiro era só os três, e tudo ficaria bem.

Continua…

--

CRÉDITOS

Autora: Isabelle Morais
Edição: Laura Pohl e Val Alves
Preparação: Laura Pohl
Revisão: Bárbara Morais e Val Alves
Diagramação: Val Alves
Título tipografado: Vitor Castrillo

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A próxima Noveletter, com a primeira parte do décimo capítulo de Estudo sobre Amor e outros venenos letais, sairá no dia 09/03.

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